domingo, 23 de novembro de 2014

QUEM SOU EU E A CONFUSÃO EM MINHA MENTE

Eu sou eu. Como é difícil definir a si mesmo. Eu nunca paro pra pensar quem sou eu. Mas eu sou esse homem confuso e sem um rumo certo.
Confuso porque durante muito tempo vivi e ainda vivo na obscuridão da depressão. Guardei rancor de pessoas que me ofenderam, colecionei mágoas que se conservaram em minha memória. Pois é, eu tenho boa memória. Sempre tive boa memória. O segredo pra eu ter tanta facilidade de aprender qualquer atividade é a minha memória. As vezes pareço ser genial, mas muitas de minhas atitudes que demonstram inteligência e esperteza nada mais é do que uma lembrança que eu tenho. Eu vejo como alguém faz tal coisa e copio e assim parece que sou eu quem teve aquela ideia. Esse é lado bom de se ter boa memória, eu não esqueço nada. E esse também é lado ruim de se ter boa memória, eu não esqueço nada. Essa é a razão d'eu guardar tanta mágoa. Eu me lembro claramente as coisas ruins que me aconteceram e parece que acabei de vivenciar. Isso alimentou minha depressão. Fiquei preso ao passado.
Eu estou me libertando desse prisão, desse amontoado de lembranças que ofuscaram meus olhos para a vida, para a realidade em si. Eu vivi tanto tempo nesse mesmo ponto que eu sou como uma criança. Qualquer coisa pra mim é novidade. Eu ainda tenho o mundo inteiro pra conhecer iniciando da cidade onde moro. Porque até o bairro onde eu moro pode parecer novidade pra mim. Eu tenho a mesma ansiedade que uma criança pra conhecer as coisas, o mesmo desejo viver, aquele entusiasmo. Mas tudo isso refreado pela timidez que carrego.
Eu tenho medo das pessoas. Depois de tanto ser rejeitado, de tanto ser excluído, mal interpretado, eu não sei mais me aproximar das pessoas. Antes eu tinha ideias de coisas legais pra fazer, mas sempre arranjavam alguma desculpa pra recusar meus convites. Na minha turma nunca queriam ouvir minha ideia quando queriam decidir algo. Sempre ficava pra próxima "depois a gente faz o que você falou". E por várias vezes me deixaram de fora de alguma festa que eu ia curtir participar. Depois eu via as fotos e percebia que minha presença não era importante. Em outros casos eu fui muito zuado. Tão zuado que desanimava ter a companhia dessas pessoas. E quando elas me chamavam pra fazer algo recusava sabendo que se eu fosse, seria mais uma oportunidade pra ser ridicularizado.
Eu também conheci pessoas legais. Gostei muito de conhecê-las. Mas eu não soube lidar com isso. Eu fiquei muito em cima delas, eu as sufoquei até um ponto que elas não me suportaram mais.
Antes dessas coisas eu já era tímido. Agora sou bem mais. A realidade é que eu não estava preparado pra esse mundo. Eu tinha um pensamento muito fora da realidade. Eu imaginava que o mundo era as mil maravilhas, que iria encontrar mais pessoas que me apoiassem do que gente que me desprezando e me humilhando. Eu esperava um mundo onde quer que eu chegasse e fosse simpático e educado, isso seria retribuído. Eu esperava que se eu não fizesse mal a ninguém todos seriam sempre gentis comigo. Eu não tinha noção de nada mesmo. Eu pensava que era exatamente desse jeito que descrevi não só pra mim, mas pra qualquer pessoa. Então tive esse choque de realidade. E a decepção foi muito grande. Por eu ter esse pensamento assim, achei que o mundo tinha se voltado contra mim.
Hoje tenho consciência que essas coisas acontecem com todos. Agora sei que vivemos num mundo competitivo, que as pessoas vão passar por cima da gente não por um motivo pessoal ou especial, mas porque querem vencer a todo custo, é cada um por si. Não é só comigo, as pessoas ficam enganando umas as outras, é um querendo ser mais esperto que o outro. Agora tomei ciência de tudo isso.
Mas quanto a parte social, o detalhe da timidez, ainda estou com essa dificuldade. O bloqueio ficou e não sei mais me aproximar nem das pessoas que eu já conheço. O pensamento de que todos tem uma má impressão de mim, não sai. Eu só tenho impressão de que eu já cometi muita mancada e não sou mais bem vindo. Em outros casos acho que as pessoas tem medo de mim, sinto que muita gente tem preconceito com minha aparência. Sem contar o pavor do constrangimento e da humilhação pública que me aterroriza. Eu faço de tudo pra não aparecer e não deixar saberem muito sobre mim, com medo de dar margem a ser ridicularizado.
Sem contar que uma realidade ainda me assusta muito. Boa parte do que já citei eu tenho consciência que pode ser coisa só da minha mente. Mas isso é difícil eu me convencer que não é real. Isso que eu falo é o fato de que em qualquer lugar que eu chegar vou me entrosar com praticamente ninguém. Eu não sei desenvolver uma conversa, eu não sei transmitir carisma. Isso repele as pessoas. Por ser assim, vejo que não posso contar com ninguém. Claro que tem suas exceções. Eu tenho meus pais, tenho minha namorada que também me apoio, e alguns amigos. Mesmo assim eu me assusto porque é importante a gente saber se relacionar com as pessoas mesmo que a gente não tenha proximidade com elas, mesmo que não mantenha um laço de amizade. Atualmente, isso é questão de sobrevivência. A gente precisa pelo menos conhecer as pessoas mesmo que de forma superficial. Eu me assusto por saber que as pessoas que mencionem não são eternas, coisas acontecem, um dia posso me ver sem elas.

Mas pra não ficar tão assustado, tenho trabalhado isso. A ideia sou eu aceitar a realidade e encarar de cabeça erguida. Mesmo que eu fique sozinho no mundo, saber me virar. E aprender a ignorar o fato d'eu ser ignorado por quase 100% das pessoas que passam pela minha vida. Ser inabalável com esses fatos. E o principal, pôr Deus em meus caminhos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Aos eleitores entre 16 e 17 anos

Caros eleitores entre 16 e 17 anos... Sabe como os políticos vos veem? Como desprovidos de sanidade mental, incapazes de distinguir o certo do errado. Afinal de contas para eles vocês não tem consciência do que fazem. Em outras palavras, eles praticamente chamam todos os adolescentes de retardados mentais. Isso mesmo, é isso que vocês são pra eles, retardados mentais. Só a partir dos 18 anos que vocês se curam dessa tal insanidade que os impede de serem presos caso matem alguém. Vocês podem até cometer uma chacina, que não tem problema, vocês não sabem o que fazem. Mas, contraditoriamente, esses mesmos políticos querem que vocês votem. Esses mesmos que vos chamam de retardados querem seus votos. Estranho isso. Como que batem diariamente na mesma tecla do voto consciente e ao mesmo tempo querem que gente que não consciência do que faz, votando? Difícil de entender. Portanto, meus caros, não compareçam nas urnas nesse próximo turno, a final de contas vocês são incapazes de fazer um voto consciente. É ilógico alguém sem consciência tomar uma atitude consciente, ou votar consciente.

Conclusão: Ou uma coisa ou outra. O retira o direito o voto dos menores ou reduz a menor idade penal. Se ele é capaz de votar consciente como ele é inconsciente do que faz?

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A fórmula da felicidade

Depois de um bom tempo de vida, eu percebi que não sabia o que era ser feliz. Eu estava preso a ideias limitantes. Ideias essas que nos fazem pensar que só existe um caminho para ser feliz e quem não percorrer esse caminho jamais terá felicidade. Era assim que eu pensava e é assim que muita gente pensa. Quando falo muita gente, é muita gente mesmo.
Parece até que existe uma lista de coisas ou metas para se alcançar a felicidade. O indivíduo precisa ter muito dinheiro pra comprar o que quiser sem preocupar se vai a falência. E tendo dinheiro, ele pode financiar as outras metas, tais como ir as melhores festas, as mais badaladas que encontrar, beber muito. E como ele vai beber também tem que pagar bebida pros amigos (ai o dinheiro entra de novo). Não pode esquecer do carro. Como o cara vai sair pra se divertir sem carro? Não basta ter carro, tem que ser carro de luxo, ou melhor, carros de luxo. Como ele tem muito dinheiro não vai comprar só um carro. Agora sim ele pode sair pra todas as baladas e ser muito feliz.
Mas não pára por aí. Essa foi a parte do consumo e lazer. Temos também a parte afetiva. Ele tem que viver um grande amor, ou vários amores. Quanto mais melhor. O importante é não ficar sem mulher. Enquanto ele tiver uma mulher por perto ele vai ser feliz.
Ele precisa de amigos. E assim como os amores, quanto mais amigos melhor. Ele precisa viver cercado de amigos. Caso ele se encontre desacompanhado de amigos, solitário, ele é um derrotado.
Enfim, é mais ou menos assim a lista de coisas quase que pré-estabelecidas na vida de cada um. É normal que isso faça alguém feliz. Não tem nada demais. O problema é a gente se limitar só a isso. As vezes não é isso que faz tal pessoa feliz e ela não sabe. Ele passa a vida em busca dessas metas. Consegue tudo, mas nunca foi feliz de verdade. Em outros casos a pessoa nem tem isso em mente, busca outras coisas, ai chega os parentes ou os amigos e enche a cabeça dela com a ideia de que ela não está aproveitando a vida. Que só tem esse jeito de aproveitar a vida. Não existe nenhum outro jeito e essa pessoa vai morrer infeliz só porque não fez essa lista de coisas que todo mundo almeja fazer ou está fazendo.
Isso atrapalha muito. Pois cada um tem seus gostos. E se cada um tem um gosto diferente como a felicidade de um vai depender das mesmas coisas que o outro? E em outros casos em que tais coisas não estão ao alcance do indivíduo, ele vai ser condenado a ser infeliz? Isso está errado.
Eu mesmo vivi por muito tempo inconformado porque muitas dessas coisas não estão ao meu alcance mesmo eu não me interessando muito por elas. Por exemplo, as festas. Desde criança eu nunca vi tanta graça em toda e qualquer festa. Pra mim a festa só tem graça se tiver alguém que vai me dar atenção. Enquanto isso todo mundo gosta de festa de qualquer jeito, não importa se não conhece ninguém de lá ou se não vai ter quem te dê atenção, o importante é sair. Além disso sempre tive dificuldade em fazer amizades. Ai lá vem minha família encher meu saco pra me entrosar. Essa cobrança não é nada legal. Um falando você tem que sair, outro falando, você precisa fazer amizade, e outro falando, você precisa ter namorada e junta todo mundo e diz que estou deixando a vida passar. Essa cobrança não é nada legal, só atrapalha. Atrapalha de um jeito que a gente nem sabe o que nos faz feliz.
Por isso as vezes eu me pergunto: o que me faz feliz? Eu sei de algumas coisas e algumas pessoas que me fazem feliz, tipo uma leitora muito especial pra mim, que sempre lê o que eu escrevo. Eu não sou plenamente feliz, pois são poucas coisas que me fazem feliz. Preciso descobrir o que mais pode me fazer feliz. Porque não falta de um eu tenho outra fonte de felicidade.
Então pergunte-se o que te faz feliz e vá ser feliz.

domingo, 27 de julho de 2014

Capítulo 3 - O que eu me lembro claramente

A lembrança mais clara que eu tenho de mim sou eu me acordando no meio da noite assustado com o escuro. Assim como toda criança, eu chamo pela minha mãe. Antes disso, todas as lembranças são vagas, parecem mais sonhos. Aquele foi como meu primeiro instante de vida. Minha vida começou ali.
Acho que eu tinha mais ou menos uns 3 anos. Eu me lembro de alguns de meus vizinhos. Tinha o Seu Gilberto, gente boa e trabalhadora, tinha a Dona Dalva sua filha Roberta. A Roberta era mais ou menos da idade de minha irmã. Tinha outra menina que eu não me lembro o nome nem de quem era filha, só sei que ela também brincava com minha irmã.
Eu brigava muito com meus irmãos. A gente saía no tapa. Eu ficava descontrolado. O que me deixava descontrolado era ver que eu era menor que eles e não conseguia bater neles a ponto deles chorarem. Eu acho que eu brigava mais com Saulo. As vezes eu ficava nervoso por pouca coisa. Só não me lembro dos motivos das nossas brigas. Eu mostrava ser a criança mais tranquila e dócil até o momento que eu saia do sério. Eu me transformava.
Enfim é difícil encontrar irmãos que nunca brigaram. Apesar disso, assim como em qualquer família, nos dávamos bem.
Eu me lembro que um dia minha irmã inventou de me vestir de menina.   Minha irmã diz que se eu tivesse nascido menina, seria uma menina muito bonita, pois ela diz que eu fiquei parecido com uma menina. Eu não gostei.
Como meus irmãos estavam na escola, eu os vida muito falando em voz alta o alfabeto todo. Eu tentava imitá-los, nem sabia o que eu tava falando. Até que um Dia consegui falar o alfabeto todo sem errar. Saulo me viu falando o alfabeto e ficou impressionado por eu ter aprendido. Na mesma hora ele chamou nossa mãe pra me ver falando o alfabeto. Quando ela chegou eu não conseguia mais falar o alfabeto. 
Eu continuava tendo crises de bronquite. Isso afetava até meu apetite. Meus pais faziam de tudo pra ver se eu comia. Era preciso eles dar a comida na minha boca, senão eu não comia. E sempre tinha que ter banana comida. Pelo menos assim a comida me parecia mais gostosa. 
Eu já sou centrado e mais na minha por natureza. Já a minha falta de saúde potencializou isso. Às vezes eu ficava impossibilitado de brincar como qualquer outra criança. Acabei descobrindo outra brincadeira que não se precisava de muita energia, desenhar. Assim como no caso do alfabeto, comecei imitando meus irmãos. Eu via eles fazendo os desenhos pra escola, e eu queria fazer também. Então comecei a desenhar. Minha mãe sempre elogiava meus desenhos. Serviu muito de incentivo, pois não parei mais.
Meus desenhos eram como de qualquer outra criança da minha idade, não tinha nada de genial. Apenas passou a ser meu passa tempo e minha diversão.
O tempo foi passando e eu ainda não tinha largado minha chupeta. Já tava mais que na hora d'eu parar de chupar chupeta. Eu me lembro que já fui até roubado. Uma menina tomou minha chupeta e ainda me deu língua.
Nesse tempo a casa que a gente morava não era só nossa. Meu pai comprou junto com meu tio. Era metade de meu pai e metade de meu tio. Então surgiu uma oportunidade de termos uma casa só da gente. O governo realizou um programa de habitação, que dava casas para famílias de baixa renda. E minha família foi contemplada. Não foi exatamente como na teoria, pois só ganhamos o lote sem nada construído. Mas já é alguma coisa. De vez em quando meu pai estava indo pro lote pra construir nossa nova casa. Cheguei até ir pra ajudar ele. Eu não tinha nem tamanho, mas queria ajudar.
Certo dia meu pai não pôde me levar. E como toda criança era difícil me convencer a ficar. Se me deixasse eu ia chorar. Meu pai falou que lá não ia ter o que eu comer e era bom eu comer algo antes de ir. Ele mandou eu ir na cozinha comer uma banana, pois assim eu não ia ficar com fome. Eu fui lá peguei a banana, comi, voltei pra sala, e não tinha mais nenhum sinal do meu pai. Conclusão: fui enganado. Meu pai foi sem mim.
Nossa casa ainda não tinha sido terminada, mas tivemos que nos mudar mesmo assim. Senão perderíamos o direito sobre o lote. Nossa nova casa era um barraco composto por 3 cômodos: 1 sala misturada com cozinha, um quarto e um banheiro.
Assim como nós várias outras famílias tiveram que se mudar para suas casas ainda inacabadas. Era barraco pra todo lado. Tinha barraco até de madeira. Não tínhamos nem água encanada. A salvação era um chafariz próximo a nossa casa. Um dia, quando íamos buscar água no chafariz alguém derramou por acidente a água em cima de mim. Eu fiz o que qualquer criança faria, chorei.
E eu ainda continuava chupando chupeta. Até que meus pais decidiram dar um basta nisso. Eu não encontrei mais minha chupeta. E meus pais ficaram deixando pra comprar outra chupeta depois. Ai foi indo até que não me lembrei mais. 
Agora morávamos mais distantes de meus tios. Pra visitá-los, era preciso pegar ônibus. E eu tinha um medo estranho, medo de ônibus. Se minha mãe não me segurasse no braço ou eu não estivesse acomodado num banco eu ficava chorando e gritando: "Eu vou cair!" Não era pra me por no chão senão eu começava o escândalo. Eu gostava de brincar com meus primos. Eu sempre me divertia quando ia pra lá. Nós também aproveitávamos pra visitar nossos antigos vizinhos.
Eu também gostava quando meu pai ia pro bar com meu tio e levava a gente. Eu gostava porque ganhava balinha, pipoca, tudo que uma criança gosta.
Eu não mencionei, esse meu tio também era meu padrinho. Como éramos católicos, eu tinha padrinhos. Geralmente as os pais escolhem alguém que eles mais consideram pra ser os padrinhos de seus filhos. Mas no meu caso, acho que meus pais não fizeram uma boa escolha. Meus padrinhos não me davam muita atenção. Eu preferia que a Veva fosse minha madrinha.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Capítulo 2 - vagas lembranças

Quando voltamos pro DF minha mãe conseguiu um emprego de costureira particular. Nessa época legião urbana fazia sucesso com a música faroeste caboclo. Minha mãe cansou de escutar os filhos da patroa dela ensaiando essa música, pois eles tocavam violão e cantavam.
Uma amiga que é praticamente da família ficava cuidando de mim enquanto minha mãe trabalhava. Ela é Veva, eu a considero como tia, sempre muito queria por mim.
Eu não sei bem a ordem dos fatos. Mas teve um tempo que minha irmã ficou no Ceará com minha avó, pois ela gostava muito de lá. E minha mãe quis fazer esse gosto dela. Minha mãe se arrependeu, ela sentiu falta de minha irmã.  Ela conta que chegava a escutar a voz dela chamando mamãe.
Fomos pro Ceará novamente. Agora pra buscar minha irmã. Eu tenho vagas lembranças dessa viagem. É uma lembrança como se fosse de um sonho. Eu me lembro do compartimento de bagagens aberto para retirar as malas de quem tava desembarcando. Hoje eu entendo que era isso que tava acontecendo. Na minha cabeça de criança de 1 ano tinha outra impressão. Pra mim parecia que tinha gente dormindo ali naquele compartimento. Eu não entendia nem que a gente estava viajando.
Eu me lembro de quando estávamos la no Ceará. Essa é uma lembrança tão turva que está quase se apagando. Consigo me lembrar de minha mãe falando que íamos buscar minha irmã. Eu nem me lembrava mais que eu tinha irmã. Era como se minha irmã tivesse nascido naquele momento.
Foi nessa época que fomos no Horto, um dos pontos turísticos mais visitados do Ceará. É lá onde se encontra a estátua do padre Cícero. Pra mim foi a mesma coisa de não ter ido, pois eu não me lembro de nada.
Então voltamos pra Brasília. Minha mãe diz que eu demorei um pouco pra começar a falar. Também consigo me lembrar disso. São apenas flashes de memória, mas me lembro que tudo que eu dizia era mamãe. Eu não falava mais nada. Pra mim aquilo já era um assunto, eu chamar mamãe e escutá-la responder.
Pelo menos em uma coisa eu era mais esperto que meus irmãos. Eu sabia fugir. Disso eu não me lembro, mas minha mãe conta a solução que ela tinha para limpar a casa sem que a gente ficasse brincando no chão. A idéia era deixar a gente sentado na cadeira com uma grande fralda pra na cadeia em volta de nossa cintura.
Meus irmãos ficavam lá quietinhos. Mas eu não, eu dava um jeito de fugir. Eu escorregava por baixo da fralda e ia pro chão. Certo dia eu fiz cocô na banheira e comecei a brincar com o cocô. Meus irmãos dizem que eu comi cocô, mas minha mãe não confirma história. Só sei que não me lembro nada disso.
Minha mãe não só costurava fora, ela tbm costurava em casa. As vezes ela me deixa brincando na banheira do lado dela,  enquanto costurava.
Outra memória que tenho de mim mesmo foi um dia que eu estava em mais uma de minhas crises de bronquite e peguei no sono no sofá, minha mãe me pegou  no braço pra me dar o xarope. Como ela era costureira sempre deixava uma agulha enfiada na blusa. No que ela me encostou nela Quando me pegava no colo, a agulha esperou minha barriga. A reação foi imediata, eu chorei na hora.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Minha história

Capítulo 1 - minha vida por um fio

Minha história não tem nada de marcante, mas pessoas marcantes passaram por minha história. Pelo menos uma coisa extraordinária aconteceu em minha vida. Pode ser que para você que ler não tenha nada de extraordinário, mas pra mim tem. Algumas coisas Até podem não fazer sentido, mas pra mim fazem. Enfim, venho aqui expor meu ponto de vista.
Tudo começou quando eu nasci. Era uma madrugada de quinta-feira, dia 24 abril de 1986, HRAS, foi ali que tudo começou. Pra um recém nascido, eu era enorme, nasci maior que meus irmãos.
Nessa época eu tinha apenas dois irmãos. Um irmão e uma irmã, mais precisamente. E no mesmo mês que nasci, meu pai conseguiu o emprego no qual ele viria se aposentar. É, parece que eu trouxe sorte.
Tudo isso que relatei, sei através do que minha mãe me conta. É estranho como a gente não lembra de nada de quando era bebê. Continuando...
Mal nasci, já pus o pé na estrada. Eu, minha mãe e meus irmãos fomos pro Ceará, terra natal de meus pais. Fomos pro Ceará para que minha mãe tivesse o auxílio da minha avó e da minha tia, já ela estava de resguarde e tinha 3 crianças pra cuidar. E meu pai trabalhando ficava de mãos atadas, aí ficava difícil pra minha mãe. Resumindo, nos fomos e meu pai ficou.
Meus familiares me achavam muito fofo. Afinal de contas eu era bebê. Minha irmã diz que eu era o bebê mais bonito que ela já viu.
O tempo passa e minha mãe já está em condições pra voltar pra Brasília com a gente. Mas um imprevisto pode impedir a viagem.
Eu poderia ser uma criança forte e saudável, mas não fui. As vezes penso que perdi parte de minha infância por conta de meus problemas de saúde. Ainda bebê eu tive bronquite. E foi por isso que quase minha mãe teve que desistir da viagem.
Eu tive uma crise tão forte, que quase morri. Eu fiquei internado no hospital, no balão de oxigênio. Eu me recuperei da crise mas o médico ainda recomendava que eu ficasse internado, pois eu podia piorar novamente sendo arriscado eu morrer.
Minha mãe não sabia o que fazer, pois estava chegando o dia da gente voltar pro DF, e era arriscado viajar comigo assim.  E se perdesse a viagem a passagem era cara pra nós que éramos de condição humilde.
Ela pediu um conselho pra minha tia avó. Tia Munda era uma mulher de muita fé, e disse pra minha mãe: vá. E deixe nas mãos de Deus que tudo vai dar certo.
Minha mãe confiou nas palavras de minha tia. Então voltamos pro DF e deu tudo certo.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Brasil - Educação nota zero

Segundo fontes confiáveis, a taxa de analfabetismo caiu. Atualmente temos uma média maior de brasileiros que já concluíram o nível médio. E mesmo vale pra média de brasileiros com nível superior. Temos mais pessoas matriculadas em faculdade. As faculdades tem se multiplicado pelo país.
Que lindo! Os brasileiros estão mais capacitados. Agora temos muito mais profissionais qualificados. Que emocionante! Nunca na história do Brasil existiu tanta gente culta, educada, civilizada. Falta palavras para descrever esse povo.
O incrível é que apesar de formados em curso superior, é difícil encontrar alguém que saiba dar um exemplo de artigo definido. Apesar de ostentar um diploma de administração, não sabe administrar com a mínima competência. Temos médicos super competentes que esquecem instrumentos dentro do paciente. Também nos surpreendemos com o profissionalismo de enfermeiras que matam pacientes por confundir os remédios. Temos engenheiros e arquitetos tão inteligentes trabalhando pro governo que chegam a esquecer que precisa de uma passarela para ligar o hospital aos novos leitos que estão sendo construídos.
Podemos dormir tranquilos sabendo que estamos em boas mãos. Podemos confiar cegamente em profissionais tão capacitados. E nossas crianças estão sendo muito bem educadas apesar de alguns de seus professores não saberem escrever. Eles não sabem escrever mas estão ensinando direitinho.
Isso sem citar a educação que é sinônimo de cordialidade. Os brasileiros são tão cordiais que fazem a gentileza de não ceder o acento pros idosos. Em alguns casos damas distintas se degladiam por causa de um lugar no metrô,  mas tudo com muita classe. Nas escolas acontece o mesmo, alunos se matam, enquanto isso pessoas solidárias e civilizadas aplaudem o show de barbaridade. Todos mostram ter uma linguagem refinada usando termos como vai dar o cu na esquina ou arrombado do caralho.
Ironias a parte, essa é a realidade do nosso país. É tudo fachada. Poucos tem uma formação autêntica. poucos são os que sabem escrever,  o resto pensa que sabe, mas no final não sabe de nada. Isso porque os diplomas são comprados, os trabalhos são plagiados, os professores são uma farsa e os pais são cegos ou talvez desprovidos de inteligência para perceber que seus filhos não fazem nada quando dizem fazer seus trabalhos escolares.  Tais alunos são tão incompetentes que são incapazes de copiar e colar um trabalho da internet. Eles mandam outras pessoas fazerem isso por eles. Isso sem contar os pais que acham uma idiotice as atividades e trabalhos que os professores passam pros seus filhos. Por eles os professores não passariam nada, apenas daria presença pros alunos, daria aula e prova, nada mais. Qualquer trabalho ou exercício é falta do que inventar, é ideia maluca. Muitos são os que acham que os conteúdos ensinados na escola são desnecessários. Então tá, a gente não precisa de nada do que se ensina na escola.
Já que não precisamos, vamos lá faça uma viagem pro fora do país sem nunca ter estudado nada de língua estrangeira; Sem saber nada de geografia e assim não ter noção de que idioma é falado em determinado país; Assista um filme legendado sem saber ler; converse no whatsapp sem saber escrever;
Palmas para o Brasil, isso que é ordem e progresso.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

MEUS FILHOS NÃO MERECEM VER BEIJO GAY NA NOVELA



Eis uma frase usada nas redes sociais como protesto. Muito bom, mostra que a pessoa se preocupa bastante com a educação de seus filhos, com os exemplos de pessoas que eles veem na TV. Só que não. Isso é vacilo, principalmente se você é um servo de Deus (ou tenta ser).
Sabe o que isso significa? A partir do momento que você posta isso, significa que você admite qualquer imoralidade. Seu filho pode ver qualquer imoralidade, exceto o beijo gay. Tudo bem ele presenciar e aprender a inveja, a intriga, a lascívia, a traição, o rancor, a vingança, a violência, palavras de baixo calão, a promiscuidade, a mentira, etc. Tudo isso aí está certo, né.
Não importa o canal, mas novela mostra de tudo que Deus não aprova. Tanto é, que é recomendando nem assistir. Fora que na bíblia diz que tais coisas não devem nem ser mencionadas entre o povo de Deus. E você sabe como é novela. Hoje você assiste, amanhã está numa roda de amigos contando o que aconteceu na novela. Tudo isso passa a fazer parte de suas conversas. E sem perceber você vai começar a apoiar a vingança, torcendo que o mocinho se vingue do vilão. Você vive as emoções que os personagens passam, e quando menos se espera você estará agindo igual.
Por isso que quem serve a Deus não assiste nem deixa seus filhos assistirem nada disso. E se você não assiste, que diferença faz ter beijo gay ou não? Você não estará vendo, muito menos seus filhos. Se preocupar com isso é o mesmo que se preocupar ter beijo gay num bordel. Se você se preocupa é porque você frequenta esse lugar. Se você frequenta esse lugar não tem moral pra dizer nada. Da mesma forma se você assiste novela, não tem moral pra dizer nada.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O que roupa curta tem a ver com estupro?

Antes de tudo quero deixar bem claro que isso é apenas um ponto de vista. Não venho aqui  dizer que sou o dono da razão, apenas pra deixar minha opinião sobre um certo assunto que gerou polêmica.
Há pouco tempo o IPEA realizou uma pesquisa de um assunto bem polêmico. Segundo a pesquisa mais da metade dos brasileiros concordam com a ideia de que as mulheres que usam roupas curtas merecem ser estupradas. O que é de espantar é saber que a maioria que concordou com essa ideia são mulheres.
Mulher nenhuma merece ser estuprada. Por mais que a mulher faça algo errado, apronte, ela não merece ser estuprada, quanto mais por usar roupa curta.
Pode ser que houve um equívoco de interpretação da parte dos entrevistados. Talvez eles tenham atropelado o verbo “merecer” e entendido algo assim: mulher que usa roupa curta está mais propícia a ser estuprada. Repito: erro de interpretação, TALVEZ. Não estou falando de problema de surdez. Pode ter ocorrido isso.
Se levarmos por esse lado, da mulher com roupa curta correr maior risco de ser estuprada, por um lado está certo, mas por outro não. Se observarmos bem, pouca roupa ou até ausência de roupa não é causa de estupro. Vamos pegar o exemplo dos índios. Hoje maior parte das tribos que restaram foram influenciados pelos brancos e por isso eles andam vestidos, mas antes a roupa não fazia parte da cultura deles e não havia problemas com estupros. Hoje as mulheres indígenas são constantemente estupradas. O curioso disso é elas usarem roupa e mesmo assim são estupradas. Detalhe, quem as estupra são os brancos. Claro que existem casos de indígenas estupradores, pois toda regra tem sua exceção e nenhum povo está livre desse mal. Temos também o exemplo das comunidades nudistas. Não vemos casos de estupro entre eles.
Mas nossa cultura é outra, nós usamos roupas. E como já foi dito, por outro lado existe um risco real da mulher ser estuprada por andar com roupa curta. Não porque ela mereça ou qualquer coisa do tipo, mas porque nossa cultura está impregnada pela pornografia. Essa é a verdadeira causa desse mal. Na internet temos livre acesso a conteúdo pornográfico. Mesmo quando fazemos de tudo pra fugir desse tipo de coisa, aparecem spans em nosso e-mail ou em redes sociais de conteúdo puramente pornográfico. Saímos da internet, vamos escutar o rádio, o que temos? Músicas com letras de duplo sentido e outras já não tem mais duplo sentido fala de sexo de forma bem clara. Desligamos o rádio, vamos pra TV, temos os programas, novelas, filmes que exploram o mesmo tipo de conteúdo. Não mostram sexo explícito (com exceção dos canais fechados), mas a sexualidade é bem explorada. Tudo envolve sexo: maior parte do repertório de um humorista envolve sexo; temos simulação de sexo nas coreografias das danças e por aí vai. Tudo isso estimula o estuprador. E quem não era estuprador pode se tornar um porque fica com aquela ideia de que a vida gira em torno de sexo, pois é só isso que a mídia mostra e explora. E assim deixam de ver as mulheres como seres humanos, apenas como objeto sexual, chegando ao ponto de pensar que mulher com roupa curta merece ou quer ser estuprada. É aí que a roupa curta vira gatilho pro estuprador.
Outro problema é o culto ao corpo. Infelizmente o culto ao corpo anda de mãos dadas com a pornografia. O que temos em filmes pornôs ou em revistas masculinas? Mulheres geralmente nuas ou com pouca roupa, todas com corpos sarados, sem barriga, muita bunda, muito peito e coxas grossas. E o que é sinônimo de sucesso pra boa parte das mulheres? Ter corpos sarados, nada barriga, muita bunda, muito peito e coxas grossas. E quando uma mulher consegue ou chega perto de ter esse tal corpo perfeito ela quer ostentar o que ela conquistou. Ela conseguiu esse corpo não foi pra esconder, mas pra mostrar. Então ela usa roupas mais justas e menos pano. Temos outras que exageram na ausência de pano chegando a casos extremos como o que acontece no carnaval onde muitas artistas desfilam completamente nuas. Tudo que elas querem é ostentar seu corpo, causar inveja, e quem sabe conquistar a fama. E assim uma coisa vai de encontro a outra. O estuprador que tem a mente voltada pra pornografia e a mulher que põe a beleza física em primeiro lugar.
O pior de tudo são as próprias mulheres se sabotarem. Enquanto elas mesmas correm atrás de ter o corpo perfeito pra no final se expor, elas também falam que quem usa pouca roupa merece ser estuprado. Elas mesmas assumem uma postura machista. E uma coisa que venho observando há muito tempo é o fato de que as mulheres já obtiveram muitas conquistas, lutaram juntas contra esse sistema machista, alcançaram cargos que antes eram ocupados só por homens, hoje ocupam todas as áreas chegando a superar os homens, mas agora estão retrocedendo. Não por causa dos homens, mas por causa delas mesmas que são machistas, elas mesmas se desvalorizam.
Mas uma coisa é fato, o tamanho de sua roupa não vai fazer o estuprador deixar de ser estuprador, mas vai diminuir o risco de você ser vítima dele.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Frutos da solidão

Para se alcançar muitas de nossas metas,  precisamos agir sozinhos. As vezes,  nossas maiores idéias surgem Quando estamos sós. Em outros casos só conseguimos nos sair bem em algo Quando não tem ninguém por perto olhando. Enfim, a solidão é um bem necessário.
Se prestarmos bem atenção quando queremos conquistar algo chegamos a renunciar a companhia dos amigos. Por exemplo, quando estamos decididos a passar no vestibular, passar num concurso ou simplesmente tirar Boas notas. E isso não se limita a área da educação,  também quando nos decidimos nos dedicar a um hobby. Ter um hobby ou vários hobbies é divertido e nos faz bem. E quando temos um hobby desenvolvemos uma paixão por aquela atividade. Então dedicamos horas de nosso dia somente a essas coisas que tanto curtimos, como tocar algum instrumento musical, ler um bom livro, escrever, desenhar, dançar, cantar, ou simplesmente ouvir música. E como isso nos faz bem. Nada disso é possível se estivermos o tempo todo na presença de outras pessoas. Talvez elas queiram nossa atenção, tirando assim nossa concentração no que decidimos fazer. Dessa forma perdemos o foco, deixamos tudo pra depois, o tempo passa e não alcançamos nenhuma de nossas metas. Por isso a solidão é importante. Então a melhor idéia é sempre que possível dedicarmos um tempo a nós mesmos.
De repente num desses momentos surgem odeias de um novo empreendimento ou de algo que pode revolucionar o mundo ao nosso redor ou apenas a nós mesmos. Assim aconteceu com muitos inventores, grandes autores, compositores, artistas em geral, e até pessoas comuns.
São tantos os frutos da solução que em alguns casos chega a ser engraçado. Tipo quando não conseguimos fazer algo que muitos fazem sem dificuldade. A gente fica até sem graça. De repente Quando não tem ninguém por perto conseguimos. Depois chamamos a todos pra ver o nosso feito, e aí não conseguimos mais. Daí Quando todo mundo vai Embora, a gente consegue.
Vendo tantos pontos positivos de Estarmos sós, não entendo porque encaramos a solidão de forma tão negativa. Temos que ver a solidão não apenas como uma condição ou situação, mas como uma oportunidade. Uma oportunidade para evoluir, para fazer coisas que nunca imaginamos que seríamos capazes de fazer.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Desejo e Aceitação

Há muito tempo vivo insatisfeito com a vida. E nesses últimos anos aprendi que o melhor modo de mudar de situação é se aceitar, aceitar a vida do jeito que ela é. Mas nunca consegui pôr essa ideia em prática. Por várias vezes tentei e acabei desistindo. Depois algum tempo me convenço novamente que tenho que aceitar tudo para não sofrer mais e ai tento novamente. E assim vivo andando em círculos.
Agora descobri no que estava errando. Confundi a ideia de aceitar com a ideia de desejar. Esse foi meu problema que por inúmeras vezes acabou me desanimando. Eu ficava tentando desprezar o que eu realmente desejava, que é uma vida completamente diferente da que tenho. Mas não tem como controlar nossos desejos, chegar um dia e decidir não desejar certa coisa e pronto. Isso não funciona, por mais que a gente tente, mais a gente continua desejando. É igual quando alguém nos ordena a não pensar numa maçã. Essa ordem tem efeito contrário. Em vez de não passar a imagem da maçã pela nossa cabeça, ela aparece bem nítida em nossa mente.
Então a ideia é aceitar tudo sem tentar esquecer o que eu sempre desejei pra minha vida. Depois de muito refletir, percebi que é igual quando precisamos comprar um carro. Temos o dinheiro pra comprar o carro, condições pra pagar os impostos sem problema, desde que não seja um carro usado, pois um carro do ano não cabe em nosso orçamento. Mas desejamos exatamente esse carro que não podemos comprar ou o melhor que a gente encontrar. Como precisamos de um carro, aceitamos não realizar nosso desejo e ficamos com o carro usado. Ainda continuamos desejando um carro melhor, mas aceitamos andar num carro velho. Não foi preciso parar de desejar pra aceitar o carro que cabia em nosso orçamento. Caso não aceitássemos, ficaríamos frustrados e sem carro.
Assim é a vida se não aceitamos do jeito que ela é, ficamos frustrados e deixamos de viver. A melhor coisa a fazer é aceitar e não se importar se continua desejando uma vida melhor. E é até bom continuar desejando o melhor. Assim temos porque lutar, temos uma motivação a mais. A ideia é aprender a conviver com esse sentimento. Porque depois que aceitamos, tudo fica mais fácil.

domingo, 19 de janeiro de 2014

A vida

É tão bom viver. A vida é tão boa que a gente nunca se cansa dela, a gente sempre quer mais. Podemos viver 100 anos que ainda queremos mais e mais. A vontade de permanecer vivo é infinita.
Mesmo que as coisas não sejam do jeito que a gente quer ainda queremos viver. Nada faz a vida deixar de ser boa. Ela nunca perde seu brilho e encanto. Por isso que a melhor coisa da vida é a própria vida.
Existem tantas coisas boas que se faltar algo, sempre aparece algo melhor pra substituir. E o que deixa a vida mais excitante são os desafios. Os desafios ficam cada vez mais difíceis. Porque a vida é igual um jogo quando você passa de fase, a próxima fase é mais difícil. E se você passar da próxima fase vai pra uma fase mais difícil ainda. Então se a vida ficou difícil é porque você passou de fase (essa frase eu copiei).
Por isso que a vida é interessante e excitante. Podemos até não encontrar um sentido na vida, mas não importa ainda queremos viver, queremos ser eternos.