Antes de tudo, deixo claro que
tudo aqui expresso se trata de minha opinião e impressão que tenho do mundo.
Não digo que o que escrevi aqui são fatos, mas apenas deduções ou conclusões
por mim tiradas do mundo que me rodeia. Enfim, é um ponto de vista estritamente
pessoal.
Todos nós temos que admitir, as
famílias não são mais como antes se tratando de união e acolhimento. Muitos
pais não entendem porque seus filhos não são tão fáceis de lidar como eles foram.
E os avós tem a mesma impressão dos netos. Mas o problema está na evolução dos
meios de comunicação em massa.
Antes, tudo que a sociedade tinha
era a mídia impressa. Eram os jornais impressos que mantinham as pessoas bem
informadas. E era algo bem restrito, pois era mais direcionado ao público
adulto. E as classes mais baixas também não tinham tanto acesso. Quando
tínhamos só isso como meio de comunicação em massa, não atrapalhava muito na
comunicação entre as pessoas em suas famílias. As crianças tinham nada que
prendesse sua atenção ou que tirassem sua atenção ao que seus pais as
ensinavam. E o mesmo acontecia com os pais, não tinha nada que tirassem sua
atenção de seus filhos. Até parecia bem mais fácil lidar com os filhos.
Então surge o rádio. O impacto talvez
não tenha sido muito grande, pois para usufruir dele a pessoa pode estar em
qualquer parte da casa, não precisa estar no mesmo cômodo que o aparelho. Isso
torna possível realizar outras atividades enquanto escuta música ou ouve seu
programa favorito. Mas mesmo assim começou a atrapalhar a atenção que as
pessoas tinham umas com as outras por ser mais fácil influenciar ideias em
todas as faixas etárias. Pode ser que em alguns casos sua influência fosse mais
forte que a dos pais em seus filhos mesmo que essa influência não tenha sido
tão grande na sociedade da época.
Depois surge a TV. Agora tínhamos
um meio de comunicação que além de atingir e influenciar todas as faixas
etárias separava as pessoas em um cômodo específico da casa. Agora os pais além
de perderem certa influência nos filhos começam a se distanciar dos filhos.
Porque as crianças não tinham mais a autonomia de estar aonde os pais deles
estivessem e ao mesmo tempo curtir seu programa favorito na TV. Elas precisavam
estar na sala. Enquanto as crianças viam TV seus pais estavam ocupados com
outras coisas ou com afazeres de casa ou com seu trabalho. E enquanto os pais
viam TV as crianças brincavam. O entretenimento prendiam as pessoas a um cômodo
específico da casa, isolando de quem estivesse ocupado com algo diferente longe
da TV. Agora os pais sentem uma diferença muito grande entre a sua geração a de
seus filhos. E não entendem porque seus filhos não aprendem mesmo usando os princípios
e métodos que foram usados neles quando crianças.
Nesse meio tempo acaba surgindo
um outro entretenimento que fica a parte dos meios de comunicação, mas que
também prendem mais ainda a atenção das crianças, o vídeo game. Fica mais
difícil dar atenção as ordens e disciplina dos pais. Os adultos não entendem
que eles precisavam se adaptar a essa nova realidade, não podiam usar os mesmos
métodos pra educar seus filhos. Pais e filhos estavam cada vez mais distantes.
Um pouco depois os computadores
pessoais começam a se popularizar. Diferente da TV e do rádio, o seu uso não é
tão democrático. Cada um quer ter um. E quando é o computador da família, uma
pessoa usa por vez. E quem está usando se desconectar da realidade pra se
conectar no mundo virtual. Agora as pessoas começam a se isolar cada um em seu
quarto ou escritório. Como ficou difícil dar atenção ao que os mais velhos tem
a ensinar. Mas era só o começo.
Essa geração envelheceu e
surgiram os smartphones. Agora a internet não está mais restrita aos
computadores. Hoje as pessoas conseguem se isolar mesmo em meio a multidão.
Ficam tão compenetradas quanto quem pratica meditação pra se desligar do mundo.
Como a geração anterior cresceu com a tecnologia, os adultos estão na mesma
onda. E assim os filhos estão sem controle. Os meios de comunicação pioraram
muito a comunicação entre pessoas próximas.