segunda-feira, 27 de julho de 2015

OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ATRAPALHANDO A COMUNICAÇÃO

Antes de tudo, deixo claro que tudo aqui expresso se trata de minha opinião e impressão que tenho do mundo. Não digo que o que escrevi aqui são fatos, mas apenas deduções ou conclusões por mim tiradas do mundo que me rodeia. Enfim, é um ponto de vista estritamente pessoal.
Todos nós temos que admitir, as famílias não são mais como antes se tratando de união e acolhimento. Muitos pais não entendem porque seus filhos não são tão fáceis de lidar como eles foram. E os avós tem a mesma impressão dos netos. Mas o problema está na evolução dos meios de comunicação em massa.
Antes, tudo que a sociedade tinha era a mídia impressa. Eram os jornais impressos que mantinham as pessoas bem informadas. E era algo bem restrito, pois era mais direcionado ao público adulto. E as classes mais baixas também não tinham tanto acesso. Quando tínhamos só isso como meio de comunicação em massa, não atrapalhava muito na comunicação entre as pessoas em suas famílias. As crianças tinham nada que prendesse sua atenção ou que tirassem sua atenção ao que seus pais as ensinavam. E o mesmo acontecia com os pais, não tinha nada que tirassem sua atenção de seus filhos. Até parecia bem mais fácil lidar com os filhos.
Então surge o rádio. O impacto talvez não tenha sido muito grande, pois para usufruir dele a pessoa pode estar em qualquer parte da casa, não precisa estar no mesmo cômodo que o aparelho. Isso torna possível realizar outras atividades enquanto escuta música ou ouve seu programa favorito. Mas mesmo assim começou a atrapalhar a atenção que as pessoas tinham umas com as outras por ser mais fácil influenciar ideias em todas as faixas etárias. Pode ser que em alguns casos sua influência fosse mais forte que a dos pais em seus filhos mesmo que essa influência não tenha sido tão grande na sociedade da época.
Depois surge a TV. Agora tínhamos um meio de comunicação que além de atingir e influenciar todas as faixas etárias separava as pessoas em um cômodo específico da casa. Agora os pais além de perderem certa influência nos filhos começam a se distanciar dos filhos. Porque as crianças não tinham mais a autonomia de estar aonde os pais deles estivessem e ao mesmo tempo curtir seu programa favorito na TV. Elas precisavam estar na sala. Enquanto as crianças viam TV seus pais estavam ocupados com outras coisas ou com afazeres de casa ou com seu trabalho. E enquanto os pais viam TV as crianças brincavam. O entretenimento prendiam as pessoas a um cômodo específico da casa, isolando de quem estivesse ocupado com algo diferente longe da TV. Agora os pais sentem uma diferença muito grande entre a sua geração a de seus filhos. E não entendem porque seus filhos não aprendem mesmo usando os princípios e métodos que foram usados neles quando crianças.
Nesse meio tempo acaba surgindo um outro entretenimento que fica a parte dos meios de comunicação, mas que também prendem mais ainda a atenção das crianças, o vídeo game. Fica mais difícil dar atenção as ordens e disciplina dos pais. Os adultos não entendem que eles precisavam se adaptar a essa nova realidade, não podiam usar os mesmos métodos pra educar seus filhos. Pais e filhos estavam cada vez mais distantes.
Um pouco depois os computadores pessoais começam a se popularizar. Diferente da TV e do rádio, o seu uso não é tão democrático. Cada um quer ter um. E quando é o computador da família, uma pessoa usa por vez. E quem está usando se desconectar da realidade pra se conectar no mundo virtual. Agora as pessoas começam a se isolar cada um em seu quarto ou escritório. Como ficou difícil dar atenção ao que os mais velhos tem a ensinar. Mas era só o começo.

Essa geração envelheceu e surgiram os smartphones. Agora a internet não está mais restrita aos computadores. Hoje as pessoas conseguem se isolar mesmo em meio a multidão. Ficam tão compenetradas quanto quem pratica meditação pra se desligar do mundo. Como a geração anterior cresceu com a tecnologia, os adultos estão na mesma onda. E assim os filhos estão sem controle. Os meios de comunicação pioraram muito a comunicação entre pessoas próximas.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Barracos em nome de Jesus

Ultimamente tenho visto muitos líderes cristãos que estão traindo o movimento. Apesar de transmitirem mensagens contidas na bíblia, que é a palavra de Deus, fazem isso da forma errada. É preciso pregar o evangelho, foi uma ordem deixada por Cristo: Ide e pregai a todas a nações. E o que é esse evangelho? É a vinda do reino de Deus que vai acabar com a fome, as doenças, as guerras, as injustiças, e principalmente com a morte. A morte não vai mais existir. Mas para que cada um faça parte desse reino deve seguir os princípio bíblicos. E pra você pregar isso você precisa estar em harmonia com esses princípios.
Jesus nos ensinou a perdoar, quando levar um tapa oferecer a outra face. Pregou pacifismo e o amor entre as pessoas. Faz toda lógica Deus querer pessoas assim em seu reino. Como um reino não vai ter guerras se as pessoas não sabem perdoar, são vingativas e se odeiam? As guerras e todo tipo de violência existem por causa desse tipo de postura. Todos nós, independente das circunstância, precisamos assumir uma conduta de humildade pra não deixar que esses tipos de sentimentos venham a se aflorar na gente. Sentimentos que nos levam a tais frases: Comigo não! Eu não admito que façam isso comigo! Só por cima do meu cadáver! E pra provar que essas frases são verdadeiras a pessoas vão se vingar, vão partir pra agressão, vão fazer tudo que for preciso pra não deixar barato tal atitude que feriu seu orgulho.
E se você prega isso você precisa viver isso. Tem levar isso pro seu dia a dia, pra sua família, pros lugares por onde você passar. Mas alguns líderes religiosos deixam essa conduta de lado e transmitem o evangelho de forma agressiva. Usam os meios de comunicação pra promover barracos, ficam batendo boca com os incrédulos. Ficam fazendo ameaças. Não ameaça de matar ou de agressão física, pois eles são muito inteligentes. Ameaçam de processar, difamar, tornar a vida de tal incrédulo insustentável. São barracos em nome de Jesus. Cadê o perdão? Onde foi parar a humildade? Vocês estão fazendo da forma errada. Desse jeito vai espantar quem não conhece a verdade.
É pra você ensinar, não agredir. Se você acha isso certo, não venha achar ruim um professor agredir seus filhos na escola. Afinal, no seu ponto de vista, esse é jeito certo de ensinar. Assim ninguém quer saber do que Cristo ensinou. E ele não era assim. Tem gente que diz que era, mas não era. A única vez que ele expôs sua ira foi quando ele viu o desrespeito na casa de seu Pai. Viu bem onde foi? No "templo", na "casa de Deus". Preste bem atenção. Não tem porque ninguém se revoltar com os outros se eles não estão invadindo seu espaço. Eles não estão indo pra igreja realizar tais coisas que Deus repudia. Não tem porque ficar nessa bate boca com essas pessoas. Elas fazem o que é errado, mas não é você que vai puni-las. Você está querendo fazer justiça com as próprias mãos. Tudo que Jesus pede é que a gente se afaste dessas pessoas. Se você armar um barraco com uma pessoa você não está se afastando, você está fazendo presença na vida dela, pra atormentá-la e chamá-la pra briga.
Tudo que devemos fazer é passar nossa mensagem na paz. Se a pessoa não aceitar, o problema é dela, Deus vai agir, não a gente. Se for alguém do nosso convívio, basta a gente se afastar. Pronto, fizemos nossa parte.
Sabe porque Jesus atraiu multidões? Porque ele era assim, ensinava de forma amorosa. Ele tem o poder de encantar as pessoas na sua forma de falar e agir. O bom de sua passagem aqui pela terra não foi só a promessa de um novo reino ou os milagres ele realizava, mas também a forma como ele cativou as pessoas. Por isso foi muito doloroso pros seus discípulos, vê-lo sofrer e morrer.
E outra, vamos parar com essa paranoia de cristofobia. Quando for acontecer ninguém vai impedir. Isso é uma profecia. E o que Deus diz não volta atrás. Está escrito que um dia os governos vão se voltar contra as igrejas. Não tem chilique vai segurar isso.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O MUNDO SEM ESTADO

Quando pensamos no Estado, o vemos como algo necessário às nossas vidas. Sem ele talvez a sociedade viraria um caos. Mas será mesmo? Será que não haveria mais transporte público, o hospitais desapareceriam e as escolas seriam extintas? Será que não teríamos segurança? No meu ponto de vista seria mesma coisa, ou até melhor.
Sempre vai ter quem queira prestar tais serviços. O mundo é movido a dinheiro. Os hospitais continuariam existindo, pois seriam particulares. Do mesmo jeito seria com todos os outros serviços prestados pelo estado. Você pode até pensar: "como ficariam as famílias com menores condições financeiras? Elas iriam morrer, pois hospital particular é caro". Mas não, isso não aconteceria. Os serviços hospitalares teriam preços mais acessíveis, pois sem estado não tem imposto e sem imposto não tem alta de preço. O mesmo aconteceria com as escolas. Todas elas seriam particulares, com preços acessíveis e com ensino de qualidade. Com ausência do Estado teria esse forte benefício. Dificilmente algo custaria o olho da cara.
Pode parecer que pesaria no bolso de quem não paga escola particular e passar a pagar. Mas pensando bem, quem não paga escola particular, paga imposto do mesmo jeito. Paga IPTU, IPVA, Imposto de Renda, taxa disso, taxa daquilo. Isso pesa muito mais. Porque você está pagando por algo que nem sabe pra que vai servir ou se realmente vai servir pra alguma coisa, afinal de contas quem está no poder tem mania roubar esse dinheiro.
Até as estradas teriam uma melhor qualidade. Pode até parecer loucura se alguém além do Estado (munido de impostos) vai ter a boa vontade de asfaltas estradas e fazer a manutenção deles. Com certeza teriam empresas com essa boa vontade e ainda lucrariam sem cobrar pedágio. Como viria esse lucro? Como isso seria possível? É bem simples, existem empresas de transporte de carga, de transporte de passageiros e outras que dependem das estradas. Seria uma boa jogada pra essas empresas ganharem. A empresa que quisesse ter maior alcance no atendimento de seus clientes/passageiros se virariam até pra fazer as estradas e asfaltá-las e com material de qualidade. As empresas poderiam até se juntar e fazer um mutirão pro asfalto das estradas. Nada disso acontece em nossa realidade como o tal mutirão mencionado, porque existe uma lei que proíbe qualquer benfeitoria em área pública. Quem faz pode responder criminalmente. Pra você ver como é, o Estado atrapalha até a ajuda mútua.
O transporte coletivo iria melhorar drasticamente. Sem a intromissão do Estado ditando qual empresa vai nos prestar serviço de transporte coletivo, várias outras empresas entrariam no mercado, criando assim uma concorrência. Nessa concorrência quem presta o melhor serviço, sai ganhando. Veja as grandes empresas, multinacionais, elas são o que são porque prestaram serviço de qualidade, não um serviço de péssima qualidade assim como o dos transportes coletivos.
Mas é só utopia. O ser humano inevitavelmente e inconscientemente vai acabar criando uma forma de estado. Porque sempre vai ter alguém oferecendo segurança aos mais fracos. E os mais fracos em troca dessa segurança lhe prestam obediência ou tributos, como no caso de nossa sociedade.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Armado até os dentes

Apesar das restrições rígidas, é fácil de encontrar alguém que tenha arma de fogo guardada em casa ou alguém que venda sem muitas dificuldades, basta ir atrás. Não há legislação que impeça do povo se armar. Pois se dependesse de nossas leis, e elas realmente fossem cumpridas, seria muito difícil alguém adquiri-la. Seria tão difícil que seria raro encontrar alguém armado.
Mas fazer o que? A população está desprotegida, a mercê dos bandidos. E policial que é bom não aparece. O cidadão de bem não pode mais andar tranquilamente nas ruas. E isso afeta todas as camadas sociais. Ninguém está livre da criminalidade. Só o que resta é se armar? Claro que não.
Essa ideia de que andar armado a pessoa está protegida é totalmente equivocada. Quem tem arma não está protegendo ninguém da violência.  Se você pensa assim, sinto muito falar, mas você foi iludido. Essa arma será totalmente inútil em seu propósito de segurança pessoal.
Qualquer um pensa que estando armado, quando aparecer um bandido é só sacar a armar e mandar bala. Se não conseguir matar, pelo menos botar o peba pra correr. Mas não é assim que as coisas acontecem. São como a aquela famosa brincadeira que tanto vemos no facebook, de expectativa e realidade. A expectativa é exatamente como já citado, mas a realidade é outra.
Primeiro a pessoa dificilmente vai andar com a arma na cintura, pois em vários lugares tem detector de metal, como o banco. Ainda corre o risco de ser parado numa blitz e ser revistado. Então onde é que a arma fica? No porta-luvas, ou no porta-malas, ou em algum compartimento que não fique a vista, ou seja, longe de seu alcance. Quando esse indivíduo for assaltado não vai dar tempo ele ir lá onde a arma está escondida e atirar no bandido.
Mas também existem as pessoas que são muito cagadas, andam pra cima e pra baixo com arma cintura e não são pegas pela polícia ou o cara tem amizade com policiais, então eles fazem vista grossa. Nem esse  aí está protegido. Quando o ladrão chegar você não estará com a arma em punho, você está com ela na cintura. Enquanto você saca a arma ele já está com dedo no gatilho. Mas tem os casos que o bandido chega desarmado, só com a cara e a coragem. A arma seria pra essas horas. Porém não é bem assim. Você não sabe, não tem certeza do que está acontecendo ao seu redor. Alguém que você nem desconfia pode estar dando cobertura pra quando algo der errado ele chega atirando.
Não vamos negar que existem casos que o cidadão foi bem sucedido usando arma de fogo. Mas são raríssimos esses casos. A última vez que vi uma notícia assim de civil matando ladrão durante um assalto, foi há uns 5 anos atrás. Nunca mais vi uma notícia assim. Você pode até pensar: Não precisa reagir na hora, depois a gente vai atrás dele e pega ele desprevenido. Mas quando a gente é assaltado nem sempre é por alguém que a gente conhece, e assim a gente nem sabe onde ir atrás. Se fosse sempre por alguém conhecido ai seria fácil. Mas a realidade é outra, não está no nosso controle.
Agora sabe pra que vai servir essa arma? Vai servir pro bandido. Quando ele te assaltar, vai tomá-la de você. Às vezes, nem precisa ser um assalto, pode ser um furto. E quando você menos esperar a arma não está mais lá. É pra isso que ela vai servir, pra fortalecer mais ainda a criminalidade e deixar os bandidos mais armados. Ela também vai servir pra um momento de estresse, pra você usá-la contra um cidadão de bem. Pode ser uma discussão de trânsito, uma discussão com o vizinho, um momento de fúria em meio a uma bebedeira, e assim seu alvo se torna outro. A sua arma vai servir pra matar aqueles que você mais devia proteger, como sua esposa, filhos, irmãos e amigos. Você acha que todos que surtam e matam algum membro da sua família, comprou a arma só pra isso? Nem sempre, muitas vezes a intenção dele também era se proteger. Mas as coisas tomaram outro rumo. Ele passou a ter ciúme incontrolado de sua esposa chegando ao ponto de matá-la. Em outros casos não é ciúmes é o rompimento de fato do relacionamento. O indivíduo não aceita o fim e decide matar a mulher, torna-se um monstro capaz de matar os próprios filhos. Às vezes é você quem pode ser a vítima. Não é só o homem que surta, a mulher também. Isso sem contar os casos de acidente com arma de fogo, os casos que alguém muda de time e entra pra criminalidade, e assim ele já está armado.

E é assim mesmo, dificilmente a arma vai servir pra esse propósito de se defender. Se fosse assim, usaríamos a arma pra nos proteger e o colete pra matar.